sexta-feira, 17 de junho de 2011



Auditório Ibirapuera: rampa e escultura

Premiações

1953 Menção Honrosa no II Salão de Arte da Colônia Japonesa, São Paulo/SP
1957 Medalha de Bronze no VI Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo/SP
1958 Aquisição no IV Salão de Arte da Colônia Japonesa São Paulo/SP
1958 Prêmio Gazeta de Pinheiros
1959 Pequena Medalha de Ouro no VII Salão Paulista de Arte Moderna
1959 Primeiro Prêmio no I Salão Feminino da Colônia Japonesa, São Paulo/SP
1959 Menção Honrosa no Prêmio Leirner de Arte Contemporânea
1960 Pequena Medalha de Ouro no VI Salão de Arte da Colônia Japonesa, São Paulo/SP
1960 Isenção de Júri no IX Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro/RJ
1960 Primeiro Prêmio na Mostra Probel, São Paulo/SP
1961 Grande Prêmio no II Salão de Arte Moderna do Paraná, Curitiba/PR
1962 Grande Medalha de Ouro no XI Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo/SP
1962 Aquisição no III Salão de Arte Moderna do Paraná, Curitiba/PR
1965 Prêmio Nacional de Pintura no II Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, Brasília/DF
1966 Primeiro Prêmio de Pintura no XXI Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, Belo
Horizonte/MG
1966 Prêmio Aquisição SESI na I Bienal Nacional de Artes Plásticas, Salvador/BA
1967 Prêmio Itamaraty na IX Bienal Internacional de São Paulo/SP
1968 Grande Medalha de Ouro no Salão Seibi, São Paulo/SP
1969 Primeiro Prêmio de Gravura no Salão de Jundiaí /SP
1969 Segundo Prêmio de Gravura no X Salão de Arte Moderna do Paraná, Curitiba/PR
1970 Primeiro Prêmio Arte Contemporânea Brasileira pelo Banco de Boston, Rio de Janeiro/RJ
1974 Melhor Pintor do Ano, Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo/SP
1979 Primeiro Prêmio de Pintura no Panorama de Arte Atual Brasileira, São Paulo/SP
1979 Melhor Pintor do Ano, Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo/SP
1987 Prêmio Mulher do Ano na Arte, Conselho Nacional de Mulheres do Brasil e Academia
Brasileira de Letras, Rio de Janeiro/RJ
1988 Condecoração Ordem do Rio Branco, Ministério das Relações Exteriores, Brasília/DF
1995 Prêmio Nacional de Artes Plásticas, Ministério da Cultura, Brasília/DF


Tela em tons de azul com camadas transparentes de tinta




A escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro

A técnica assimilada com naturalidade

A naturalidade com que Tomie se aproximava da técnica, assimilando-a sem esforço nem afetação, fez dela uma artista singular, em breve notada e reverenciada nos Salões de que participou, dentro e fora do país.

Em 1957, seis anos depois de começar a pintar, já realizava sua primeira individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Foi presença constante de exposições anuais dentro e fora do país. Em 1986, o Museu de Arte de São Paulo realizou uma retrospectiva de sua obra. Igual feito foi repetido em 1996 pela Bienal de São Paulo.

Contribuiu para isso, entre outros atributos, a naturalidade e simplicidade com que sempre encarou a arte, transferindo para a tela o que lhe ia pela alma, sem concessões a modismos de curta duração e sem se curvar a imposições do mercado.

A permanência indelével entre os mais bem sucedidos artístas, nessa segunda metade do Século 20, já encerrado, demonstra que sua fidelidade aos próprios conceitos, sua honestidade para consigo mesma, renderam-lhe justos dividendos.



A escultura comemorativa dos 60 anos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Instituto Tomie Ohtake

Instalado em um modelo inédito de empreendimento,
concebido para a cidade contemporânea, o Instituto Tomie
Ohtake faz parte de um complexo, onde cultura, trabalho e
lazer naturalmente estão integrados. O projeto, de autoria do
arquiteto Ruy Ohtake, compreende dois edifícios para
escritórios, um centro de convenções e um centro cultural, o
INSTITUTO TOMIE OHTAKE.

Com o rosto de São Paulo o Instituto, comprometido com a
expressão contemporânea e à luz da trajetória da artista, Tomie
Ohtake, que dá nome ao espaço, tem como missão difundir e
refletir, através de exposições, oficinas, cursos e debates, as
grandes transformações ocorridas desde os anos 50 até aquelas
que estão em curso hoje, nas artes plásticas, arquitetura, design
e, em breve, no teatro, performance, música, dança e cinema.

Tomando a inovação como método, e organizado em torno de
uma exposição permanente de obras de Tomie Ohtake, o
Instituto tem como objetivo apresentar as novíssimas
tendências estéticas, nacionais e internacionais, além daquelas
que lhes servem de referência. Cobrir as suas variadas formas
de expressão – das exposições de pintura e escultura às
instalações multi-mediáticas, da performance ao teatro, da
música e da dança ao cinema. Destacar igualmente a
arquitetura e o design.

Está também entre seus objetivos, aproximar o público – do
leigo ao mais sofisticado - dos conceitos chaves relacionados
com as principais modalidades expressivas da
contemporaneidade, através de um programa educativo que
envolve de visitas-guiadas a cursos de história da arte, e que
também compreende debates e seminários com a participação
de artistas, críticos e curadores, bem como toda a variada gama
de pensadores que hoje se ocupa em pensar a cultura.

Faz parte de sua filosofia ainda estimular a prática artística - do
pincel ao pixel -, através de cursos e workshops oferecidos em
salas especialmente destinadas a esse fim.


Tomie Ohtake, natural de Kyoto (Japão) chega ao Brasil em 1936 e fixa-se em São Paulo. Inicia seus estudos de pintura em 1952, com o artista plástico japonês Keisuke Sugano. Em 1953, integra o Grupo Seibi ao lado de Flávio-Shiró, Kaminagai, Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, entre outros. Em 1969, começa a trabalhar com serigrafia e posteriormente executa litografias e gravuras em metal. Realiza diversas obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil e painéis para o Memorial da América Latina. Em 2000, é lançado em São Paulo o Instituto Tomie Ohtake, idealizado e coordenado por Ricardo Ohtake e projetado por Ruy Ohtake.
A seu respeito escreveu Clarival do Prado Valladares: “De acordo com alguns críticos, a pintura de Tomie Ohtake corresponde a um dos pontos mais elevados do abstracionismo já produzido no Brasil. (...) Quando observamos as grandes manchas das telas de Tomie Ohtake percorrerem quase o imensurável das variações tonais de uma cor básica, ocupando uma superfície como se todo universo se resolvesse naquela experiência e naquele momento, sentimo-nos bem próximos de uma exegese da pintura.”